Nasa: astronautas presos na Estação Espacial Internacional só voltarão em fevereiro

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Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams ficarão na Estação Espacial  Internacional (ISS) até fevereiro de 2025, quando serão resgatados por uma espaçonave da SpaceX, de acordo com informe divulgado neste sábado pela Agência Espacial Norte-americana (Nasa). A dupla deveria voltar na Starliner, espaçonave da Boeing que apresentou problemas técnicos após acoplar na ISS. O retorno já havia sido adiado três vezes.

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A Starliner retornará vazia à Terra no início de setembro com o piloto automático ativado. O sistema de propulsão da nave oferece muitos riscos para trazer a tripulação de volta em segurança, conforme a Nasa. Dois assentos da missão da Crew Dragon, da SpaceX, estarão vazios, liberados para retorno de Wilmore e Williams. Segundo a Nasa, astronautas profissionais sempre sabem que, ao partirem para uma missão, podem passar bem mais tempo no espaço do que o previsto inicialmente.

No caso de Butch Wilmore e Suni Williams, os dias estão “cheios”. “Não foi uma decisão fácil, mas é absolutamente a correta”, disse Jim Free, administrador associado da Nasa. A dupla foi enviada à ISS em 5 de junho, em uma missão de 8 dias. Foi o primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing. Problemas nos propulsores e vazamentos de hélio atrasaram todo o cronograma.

A escolha da Nasa pela SpaceX é uma das mais importantes nos últimos anos. A Boeing esperava que a missão de teste da Starliner trouxesse redenção à empresa, após anos de problemas de desenvolvimento e mais de US$ 1,6 bilhão acima do orçamento estimado desde 2016. Além do problema na missão espacial, a Boeing também vem enfrentando problemas de qualidade na fabricação de aviões comerciais, seu produto mais importante.

A empresa não participou da coletiva de imprensa da Nasa, mas disse, em comunicado, que “continua a focar, em primeiro lugar, na segurança da tripulação e da espaçonave. Estamos executando a missão conforme a determinação da Nasa e estamos preparando a nave para um retorno seguro e bem-sucedido sem a tripulação”. A Starliner foi projetada para funcionar de forma autônoma e já tinha completado dois voos sem tripulação antes dos problemas na missão de junho. (g1)

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