Governo quer fundos de pensão de estatais em obras do PAC
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O governo quer que os fundos de pensão das estatais retomem os investimentos em infraestrutura, especialmente nos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O assunto foi tratado nesta quarta-feira pelo presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com representantes de Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis (Correios). A discussão envolve mudanças na política de investimentos dos fundos, que se tornou mais rigorosa após os rombos provocados por investimentos temerários durante gestões petistas anteriores. Em 2016, a Operação Greenfield, da Polícia Federal, apontou perdas de ao menos R$ 8 bilhões com irregularidades em fundos de pensão. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão fiscalizador do setor, tem uma proposta de resolução que prevê a inclusão de debêntures de infraestrutura entre as aplicações que podem ser feitas pelos fundos, além de papéis do setor ambiental. Outra mudança é voltar a permitir investimento de até 8% em imóveis, excluindo a norma atual que obriga desinvestimento total em imóveis até dezembro de 2030. Por outro lado, a proposta veda investimentos diretos ou indiretos mais arriscados, como criptomoedas. Quanto aos Fundos de Investimentos em Participação (FIPs), fonte de boa parte dos problemas do passado, a Previc sugere reduzir o limite de alocação de 15% para 10%. (Globo)