Compra do Twitter por Musk é o pior negócio para bancos desde a crise de 2008
Receba notícias todo dia no seu e-mail.
Assine agora. É grátis.
Os US$ 13 bilhões que Elon Musk captou em outubro de 2022 para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões foram o pior negócio bancário de financiamento para fusões e aquisições desde a crise financeira mundial de 2008. Os sete bancos envolvidos no negócio, entre eles Morgan Stanley e Bank of America, concederam o empréstimo para a holding do bilionário comprar e fechar o capital da rede social. Normalmente, bancos que atuam com esse tipo de empréstimo costumam logo revender a dívida para retirá-la de seus balanços. No caso do atual X, os bancos não conseguiriam se desfazer da dívida sem perdas — em grande parte, devido ao fraco desempenho financeiro da plataforma —, o que deixou o valor emprestado preso nas demonstrações financeiras, prejudicando as carteiras de empréstimos e, em uma das instituições, impactando a remuneração da equipe de fusões e aquisições, segundo fontes. Dados da PitchBook LCD mostram que a operação ficou pendurada por mais tempo do que qualquer empréstimo semelhante não revendido a terceiros pelos bancos desde a crise financeira de 2008. Quase dois anos após a aquisição de Musk, os negócios do X ainda encontram dificuldade para sair do buraco. Em 2023, a empresa informou que seu valor havia caído para cerca de US$ 19 bilhões. (Valor)