Proposta de novas eleições causa mal-estar entre chavistas e opositores

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A proposta de realizar novas eleições na Venezuela, lançada na última terça-feira pelo assessor especial para assuntos internacionais da presidência, Celso Amorim, gerou confusão e mal-estar em Caracas, conta Janaína Figueiredo. Os dois lados não querem repetir um pleito que ambos dizem ter certeza que ganharam. O site de notícias Caracas Chronicles considerou a ideia “uma proposta fraca que nenhum dos lados estará disposto a aceitar, que apenas serve como prova de que as negociações não avançam”.

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O governo Maduro não se pronunciou oficialmente sobre as declarações de Amorim, mas após a fala do assessor presidencial houve contatos entre a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, e autoridades da Chancelaria venezuelana. A oposição já tinha descartado a realização de novas eleições. A própria María Corina Machado disse ao Globo que um dos pontos de partida para uma eventual negociação com o governo Maduro deve ser “o resultado da eleição deu 28 de julho”. Fontes diplomáticas brasileiras admitiram que a ideia de Amorim “não decolou em Caracas, nem entre chavistas, nem entre opositores”.

Em paralelo, vários governos da região tentam aprovar na Organização de Estados Americanos (OEA) um projeto de resolução sobre a situação na Venezuela. As discussões estão intensas, e o governo Lula conseguiu algumas concessões por parte de outros governos, que poderiam facilitar o apoio do Brasil à iniciativa. Uma resolução na OEA não teria impacto algum na prática mas, caso seja apoiada por Brasil e Colômbia, e dependendo do teor do texto, poderia impactar na tentativa de uma futura mediação. (Globo)

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