Amorim sugere nova eleição na Venezuela, mas governo insiste em atas

Receba notícias todo dia no seu e-mail.

Assine agora. É grátis.

O assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, sugeriu ao presidente Lula a realização de novas eleições na Venezuela, em uma espécie de segundo turno, como forma de superar a crise no país vizinho. Fontes no Itamaraty dizem, no entanto, que o governo segue defendendo a apresentação das atas de cada uma das sessões eleitorais. Durante a reunião ministerial da semana passada em Brasília, Lula chegou a mencionar a ideia de uma nova votação, referindo-se a uma proposta que havia sido aventada por Amorim. Segundo fontes, o ex-chanceler teria apresentado a proposta a Lula após consultas com interlocutores estrangeiros. Ao Valor Econômico, Amorim indicou que a proposta era embrionária e que sequer havia conversado com os parceiros latino-americanos, mas admitiu que esse caminho envolveria uma contrapartida, com a retirada de sanções estrangeiras. (Valor)

PUBLICIDADE

Fontes em Brasília revelaram que uma das preocupações do governo é sobre a validade das atas, conta Jamil Chade. O temor é que, com o tempo, diminua a chance de a oposição e mesmo governos estrangeiros aceitarem a veracidade das atas. A transparência, portanto, poderia ser insuficiente para destravar o processo. Já a convocação de uma nova eleição exigiria um esforço para garantir que o processo seja justo. Para isso, porém, Maduro não apenas teria de aceitar reconvocar os venezuelanos às urnas, mas também modificar a forma de controle da eleição. (UOL)

A realização da nova votação dependeria de outro acordo entre as forças políticas venezuelanas e de determinadas condições, como a ampla presença de comitivas de observação internacionais, a promessa de anistia política aos perdedores — já defendida pela Colômbia – e o relaxamento das sanções contra o regime chavista. (Estadão)

Ministros que acompanharam a fala de Lula na reunião ministerial afirmam que o presidente demonstrou preocupação, e certa impaciência, com a situação na Venezuela. Integrantes do primeiro escalão dão como certo que a posição do Brasil no conflito pode impactar negativamente a popularidade de Lula. (Globo)

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.