Empresas não financeiras projetam inflação acima do mercado, aponta pesquisa do BC
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Divulgada pela primeira vez pelo Banco Central e ainda em formato piloto, a pesquisa trimestral Firmus (íntegra) mostra que 92 empresas não financeiras projetavam, em maio, inflação superior à calculada pelo mercado para os próximos três anos. De acordo com a autoridade monetária, o levantamento “capta a percepção de empresas não financeiras quanto à situação de seus negócios e às variáveis econômicas que podem influenciar suas decisões”. Também “aproxima o BC da prática de bancos centrais de outros países ao estabelecer um contato com empresas não financeiras”. A projeção mediana das empresas não financeiras para o IPCA era de 4% para 2024 e 2025 e 3,7% para 2026. Em maio, as projeções do Boletim Focus, também realizado pelo BC, mas com analistas de mercado, estimavam inflação de 3,89%, 3,77% e 3,6%, respectivamente. (Valor)
Alvaro Gribel: “Os números comprovam o que já havia sido dito pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por diversas vezes: pesquisas feitas com empresários em outros países do mundo geralmente apontam para números mais altos do que as projeções feitas pelo mercado financeiro. Ao contrário do que defende o PT, se o BC prestar mais atenção nos empresários – e menos no que dizem bancos e consultorias – sobre a inflação, o país terá uma Selic mais alta”. (Estadão)
Enquanto isso… Campos Neto disse nesta segunda-feira que está entre os diretores da autarquia “sedimentada” a mensagem consensual de que farão o que for preciso para trazer a inflação para a meta, independentemente de quem for o presidente do BC. Em evento em São Paulo, ele disse o ambiente de inflação acima da meta e expectativas desancoradas é motivo de preocupação e acrescentou que o BC tem feito o máximo para mostrar que suas decisões são técnicas. (CNN Brasil)
Já o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, que é o principal candidato a assumir a chefia da autarquia em 2025, disse nesta segunda-feira que há uma preocupação dos agentes financeiros com os novos temas que aumentam a volatilidade global nos mercados. No Brasil, dois assuntos temas estão no radar do BC com relação a esse assunto: criptomoedas e as apostas online. (Folha)