Ataque de Israel a mesquita e escola com deslocados mata mais de 90 em Gaza

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Ao menos 93 palestinos foram mortos neste sábado em um ataque israelense a uma mesquita e uma escola que abrigava pessoas deslocadas no complexo Al-Tabi’in, no bairro Al-Daraj, em Gaza, segundo autoridades locais. Israel confirmou a ação militar e alegou que o Hamas operava no local.

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“Recuperamos ao menos 90 corpos”, disse o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, acrescentando que “muitos deles estão dilacerados, muitos ainda não foram identificados”. Vídeos registrados após o ataque mostram um grande número de corpos espalhados pelo chão. E testemunhas disseram que não houve qualquer aviso prévio. “Todas essas pessoas atingidas eram civis, crianças desarmadas, idosos, homens e mulheres”, disse Fares Afana, diretor de emergência no norte de Gaza. “Eram pessoas inocentes orando. Onde está o mundo inteiro?”, indagou um homem, que perdeu a filha, o genro e os netos.

As Forças de Defesa de Israel confirmaram à CNN o ataque ao complexo, dizendo que a força aérea “atacou com precisão os terroristas do Hamas que operavam dentro de um centro de comando e controle” no edifício. Os militares também afirmaram que, antes do ataque aéreo, “foram tomadas inúmeras medidas para mitigar o risco de ferir civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações de inteligência”.

A relatora especial da ONU para os territórios palestinos, Francesca Albanese, criticou duramente o ataque e afirmou que Israel está “praticando um genocídio dos palestinos, um bairro de cada vez, um hospital de cada vez, uma escola de cada vez, um campo de refugiados de cada vez, uma ‘zona segura’ de cada vez”. Catar e o Egito, que têm liderado os esforços de mediação com os Estados Unidos, condenaram o ataque e consideraram-no uma violação do direito internacional. (CNN)

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