Oxford estuda desenvolver painéis solares 100 vezes menores que fio de cabelo

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Energia limpa e mais eficiente: um novo avanço tecnológico desenvolvido por cientistas do departamento de física de Oxford, quer transformar a captação de energia solar. Um revestimento ultrafino, 100 vezes mais fino que um fio de cabelo humano, pode ser jateado com tinta em quase qualquer superfície, incluindo mochilas, celulares, tetos de carros e edifícios, para aproveitar a energia do sol. Essa inovação pode reduzir a dependência de fazendas solares que ocupam grandes áreas de terra.

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O material é feito de perovskitas – um composto que supera os tradicionais painéis de silício na absorção de luz solar. O revestimento captura cerca de 27% da energia da luz solar, número maior que os 22% típicos dos painéis atuais. Os pesquisadores acreditam que a eficiência das perovskitas pode chegar a 45% no futuro.

A inovação chega em um momento crucial para a energia solar, que tem sido a fonte de eletricidade de crescimento mais rápido no mundo, impulsionada pela necessidade de mitigar as mudanças climáticas e pela queda nos custos de produção. Em 2023, as instalações de painéis solares aumentaram 80% em relação ao ano anterior, segundo a Wood Mackenzie. Apesar do potencial revolucionário, a estabilidade das perovskitas ainda é um desafio, com alguns revestimentos dissolvendo-se ou quebrando em ambientes de laboratório.

Henry Snaith, líder da pesquisa e chefe da empresa Oxford PV, que já iniciou a produção em larga escala de painéis solares de perovskita na Alemanha, acredita que essa tecnologia pode se tornar uma plataforma para uma nova indústria, proporcionando energia solar de maneira mais sustentável e barata usando as superfícies existentes de edifícios, veículos e objetos. (CNN)

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