Meio

Os números não são bons. Em julho de 2024, a Amazônia registrou o maior número de queimadas dos últimos 20 anos, com 11.145 focos, aumento de 93% em comparação a julho de 2023. As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os estados mais afetados foram Amazonas e Pará. No acumulado do ano, foram registrados 24.462 focos, o maior número desde 2005, apesar da queda no desmatamento.

O Pantanal também enfrenta um cenário crítico, com 1.158 focos de queimadas no ano, um aumento de 820% em relação ao mesmo período do ano passado. O que explica esse aumento foi sobretudo a seca extrema e os incêndios, impulsionados pelo El Niño de 2023.

Outro bioma observado foi o Cerrado, onde foram registrados 7.463 focos em julho, aumento de 15% em comparação a julho de 2023. Neste caso, a maioria das queimadas ocorreu no Maranhão e Tocantins. Entre janeiro e julho de 2024, foram contabilizados 20.692 focos, o maior número desde 2010.

Especialistas apontam para a importância da proteção das Terras Indígenas na conservação dos biomas brasileiros e a necessidade de ações efetivas para combater as queimadas e preservar a biodiversidade. (Globo)