Dados de emprego mais fracos podem levar Fed a um corte maior nos juros
Receba notícias todo dia no seu e-mail.
Assine agora. É grátis.
Dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e do relatório da folha de pagamentos dos setores não agrícolas (payroll) divulgados na manhã desta sexta-feira decepcionaram a previsão do mercado de criação de 175 mil vagas em julho, com a geração de apenas 114 mil postos. Esse esfriamento aumentou a probabilidade de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) iniciar o corte de juros já em setembro e possivelmente com uma redução maior do que a prevista anteriormente.
Segundo a ferramenta de monitoramento Fed Watch, do CME Group, a chance de um corte de 0,50 ponto percentual em setembro subiu de 30,5% para 73,5%, superando a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual. Apesar disso, Thomas Barkin, presidente do Fed de Richmond, indicou nesta sexta-feira que não está pronto para apoiar a possibilidade de um corte de meio ponto percentual nos juros na reunião de setembro e pontuou que os dados de emprego, apesar de fracos, não indicam recessão. A taxa de referência está no intervalo de 5,25% a 5,50%, maior patamar em 23 anos.
Economistas ouvidos pelo InfoMoney avaliam que os dados fracos de emprego ligam o alerta de que o pouso suave – quando a restrição monetária desaquece a economia, mas não de forma brusca – possa se tornar uma recessão econômica. A volatilidade do mercado, no entanto, deve persistir até que fique claro o posicionamento do Fed sobre a condução da política de juros. (InfoMoney)