OEA não reconhece vitória de Maduro e se reúne extraordinariamente nesta quarta

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Em duro comunicado divulgado nesta terça-feira, a Organização dos Estados Americanos (OEA) acusou as autoridades venezuelanas de tentarem “distorcer o resultado eleitoral” por meio da “manipulação mais aberrante” num processo “sem garantias”. O Conselho Permanente da OEA, máximo órgão executivo, realizará uma reunião extraordinária nesta quarta-feira para abordar o pleito, que qualifica de fraudulento, e a reivindicação de vitória do regime de Nicolás Maduro.

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A declaração, baseada em relatório de 23 páginas do Departamento de Cooperação e Observação Eleitoral da OEA, denuncia de forma direta o que considera uma fraude absoluta: “A pior forma de repressão, a mais vil, é impedir o povo de encontrar soluções por meio de eleições. A obrigação de cada instituição na Venezuela deveria ser garantir a liberdade, a justiça e a transparência do processo eleitoral. O povo deve ter máxima garantia de liberdade política para poder se expressar nas urnas e proteger os direitos dos cidadãos a serem eleitos”.

A organização lamenta no comunicado que durante o processo eleitoral o regime chavista tenha aplicado “um esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado”, conforme denuncia a oposição. E afirma que “o regime de Maduro zombou de atores importantes da comunidade internacional durante esses anos e voltou a entrar num processo eleitoral sem garantias, nem mecanismos e procedimentos para fazer cumprir essas garantias”. Os observadores da OEA, assim como os da União Europeia, não receberam autorização para acompanhar a votação.

E indo além das cobranças dos principais ministérios das Relações Exteriores, que, como o Brasil e os Estados Unidos pedem a publicação imediata das atas eleitorais, a organização liderada por Luis Almagro dá todo o crédito às provas apresentadas pela oposição e defende que Maduro aceite “sua derrota eleitoral” e abra “o caminho para o regresso à democracia na Venezuela”. Se o regime chavista não o fizer, diz o texto, “seria necessário realizar novas eleições, mas, neste caso, com as missões de observação eleitoral da UE e da OEA presentes e um novo Conselho Nacional Eleitoral”. (El País)

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