Líderes internacionais cobram transparência na apuração das eleições na Venezuela

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À exceção dos aliados explícitos de Nicolás Maduro, líderes internacionais manifestaram ceticismo com a anunciada vitória do presidente venezuelano nas eleições deste domingo e cobraram transparência na apuração. O Conselho Nacional Eleitoral, de maioria chavista, declarou Maduro reeleito com 51,2% dos votos, mas a oposição denuncia fraude e diz não ter tido acesso a todos os boletins de urna.

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Gabriel Boric, presidente de esquerda do Chile, disse não reconhecer qualquer resultado que não seja auditável. “O regime de Maduro deve entender que os resultados publicados são difíceis de acreditar”, acrescentou. O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, foi na mesma linha, pedindo uma recontagem “justa e transparente dos votos”. “Apelamos às autoridades eleitorais para que publiquem a contagem detalhada dos votos (atas) para garantir a transparência e a prestação de contas” disse ele, em viagem ao Japão. Mais histriônico, como sempre, o argentino Javier Milei exclamou no X: “MADURO DITADOR, FORA!!!” e afirmou ter havido fraude.

Já os aliados de Maduro na comunidade internacional foram rápidos em reconhecer o resultado e parabenizar o presidente. Vladimir Putin afirmou que a parceria entre a Rússia e a Venezuela é estratégica. Luis Arce, da Bolívia, afirmou que “a vontade do povo venezuelano foi respeitada nas urnas”. E o nicaraguense Daniel Ortega, acusado pela oposição de usar métodos ditatoriais semelhantes ao de Maduro, mandou um “fraternal abraço” ao venezuelano.

O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre o resultado das eleições. (Globo)

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