Conflito entre Israel e Hezbollah se intensifica enquanto cessar-fogo em Gaza é negociado

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A tensão entre Israel e Hezbollah alcançou novo patamar nesta quinta-feira. O grupo extremista disparou 200 foguetes e morteiros, além de 20 drones, contra alvos militares em Israel como forma de retaliação pela morte, no sul do Líbano, de Muhammed Naser, um comandante do Hezbollah acusado de participação em ataques terroristas como os do 7 de outubro de 2023, e que foi assassinado na terça-feira. O bombardeio, que não deixou vítimas, disparou sirenes de ataque aéreo na fronteira, do lado de Israel, por mais de uma hora. As forças de segurança atacaram de volta novas bases e estruturas militares do grupo xiita. As hostilidades entre os dois lados se intensificaram a partir do início da guerra em Gaza, e este foi o maior ataque do Hezbollah a Israel desde então. Mais de 150 mil pessoas nos dois lados da fronteira já deixaram suas casas e foram para abrigos temporários nos últimos meses. (New York Times)

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Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu analisa uma proposta de cessar-fogo enviada pelo Hamas a partir do plano proposto em maio pelos Estados Unidos. Uma delegação israelense foi enviada nesta quinta-feira para negociar um acordo de libertação de reféns com o Hamas, que pode fazer um plano de trégua avançar – embora o primeiro-ministro já tenha dito que seu objetivo é, além de resgatar os cerca de 120 reféns, aniquilar o Hamas. Segundo o sistema público de rádio israelense (Kan), Netanyahu e o presidente americano, Joe Biden, falarão mais tarde sobre a situação. A expectativa é que algum anúncio seja feito. (BBC e Guardian)

As Nações Unidas pontuaram que desde o começo da guerra, 90% da população de Gaza teve que se deslocar. São aproximadamente dois milhões de pessoas. Os recentes ataques à Rafah tornou a situação mais dramática: “Por trás desses números, há pessoas que têm medos e queixas. E provavelmente tinham sonhos e esperanças – cada vez menos, infelizmente”, disse Andrea De Domenico, chefe da agência ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) nos territórios palestinos. (Guardian)

Gadi Eisenkot, ex-membro do dissolvido gabinete de guerra de Israel, disse ao veículo local Walla que as negociações para um cessar-fogo e o retorno dos israelenses mantidos como reféns na Faixa de Gaza estão mais próximas de conclusão do que nunca. Ele pondera, no entanto, que acha difícil ver Netanyahu acabar por completo com a guerra mesmo que o Hamas liberte os reféns. (Al Jazeera)

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