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Lula modera o tom, volta a falar em rigor fiscal e reconhece ‘desarranjo’ no câmbio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não há por que não ter calma no Brasil pois todos os problemas na economia estão se resolvendo de forma favorável ao país. E, ao responder sobre a questão da alta do dólar registrada nos últimos dias, disse que é um “desarranjo” que pode ser consertado. “Se tem um desarranjo qualquer, você só tem que consertar”, disse.

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Dessa forma, o presidente evitou seguir com queixas em relação ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como fez desde o início dessa semana. Também não tocou na questão dos juros ao discursar para uma plateia ligada ao agronegócio. A moderação nas falas de Lula segue uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, pela manhã, no Palácio da Alvorada. Ontem, Haddad já havia falado sobre a questão da comunicação do governo como um fator de insegurança no mercado e de seu impacto sobre o dólar.

E pela segunda vez no dia, Lula voltou a indicar que seus governos foram todos responsáveis do ponto de vista fiscal e não há sentido a desconfiança do mercado em relação ao rigor nas contas. “Esse país jamais será irresponsável do ponto de vista fiscal eu não tenho um dia de experiência. Eu tenho 10 anos na presidência desse país.”

Irritado por ser questionado sobre a alta do dólar após seus ataques ao presidente do BC, Lula reclamou: “Eu estou aqui lançando o mais importante Plano Safra para agricultura e vocês vêm me perguntar uma coisa que não estou acompanhando”, devolveu, após participar da cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025.

Ao ser confrontado sobre o efeito da valorização da moeda americana sobre o preço dos alimentos, Lula garantiu que vão ficar baratos. “Estejam certos que a comida vai ficar barata”, garantiu o presidente.

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