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Depois de o presidente Lula questionar a necessidade de cortar gastos, uma declaração que provocou reação do mercado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira que o governo federal siga perseguindo o equilíbrio fiscal pelo aumento da receita e pelo lado da despesa. Ele também disse que Lula “nunca desautorizou o ministro da Fazenda na busca do equilíbrio das contas”. “Temos que proteger a nossa economia e a forma é acelerar a agenda de reformas econômicas, macroeconômicas e microeconômicas no Congresso Nacional, acelerar o redesenho de políticas públicas, buscar equilíbrio fiscal, sim, pelo lado da receita e da despesa”, afirmou o ministro da Fazenda, que participou pela manhã da terceira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Além de Lula, estavam presentes outros ministros e representantes da sociedade civil. Haddad alternou entre um discurso escrito, divulgado pelo Ministério da Fazenda, e falas de improviso. O texto escrito contém um trecho que afirma que a revisão de gastos tributários ainda não foi esgotada, mas que a Fazenda reconhece que essa agenda tem limites. Ele, no entanto, omitiu esse trecho em seu pronunciamento. (Folha)

Em tom de brincadeira, Haddad disse que a “sina” de seu cargo é ficar dividido entre a necessidade de gastar e economizar. “Fui provocado pelo presidente Lula para me alongar um pouco mais hoje e pelo embaixador para economizar no tempo. Parece que é uma sina do ministro da Fazenda estar entre gasto e economia”, disse no Conselhão. “Então, vou transformar gasto de tempo em investimento como o senhor sempre insiste em dizer”, acrescentou em referência a um dos bordões de Lula. (Poder360)