Executivo da Sony acende o mundo do cinema com declaração sobre último filme de Tarantino
O décimo e último filme de Quentin Tarantino antes de sua prometida aposentadoria pode ser retomado. Ontem em Barcelona, no primeiro dia da feira de cinema CineEurope, o presidente de distribuição internacional da Sony, Steven O’Dell, encheu de esperança os fãs do diretor de Pulp Fiction de que um projeto pode sair do papel em breve. O executivo da Sony, que lançou Era Uma Vez em Hollywood em 2019, disse ao apresentar os próximos filmes do estúdio que espera voltar a trabalhar com Tarantino. “Esperamos que Tarantino faça seu último filme conosco”, disse O’Dell ao público presente.
A declaração sucinta acendeu o mundo do cinema. The Movie Critic, “baseado em um cara que realmente viveu (…) e costumava escrever resenhas de filmes para uma revista pornô”, segundo Tarantino disse em 2023, seria seu último filme, mas foi descartado no início do ano. O diretor americano, que disse algumas vezes que planeja se aposentar após completar dez filmes – ele considera Kill Bill um único longa e não inclui na lista seu primeiro projeto, My Best Friend’s Birthday, nunca lançado –, inspirou-se em um trabalho de sua adolescência para escrever The Movie Critic: estocar revistas pornográficas em uma máquina de venda automática. O longa se passaria em 1977 e teria Brad Pitt como protagonista, na terceira parceria entre os dois depois de Bastardos Inglórios e Era uma vez em Hollywood, que rendeu um Oscar de melhor ator coadjuvante para Pitt.
Se decidir retomar The Movie Critic, não será a primeira vez que Tarantino volta atrás em um projeto. The Hateful Eight (Os Oito Odiados) também foi deixado de lado em 2014 após o roteiro ter vazado para a imprensa e redes sociais, embora o diretor só o tivesse compartilhado com um número restrito de pessoas. No ano seguinte, o filme chegou às salas de cinema. (Variety)