Incêndio no Pantanal deixa rastro de destruição com animais carbonizados

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O incêndio que atinge o Pantanal já deixa um rastro de destruição com carcaças de animais expostas e até o corpo carbonizado de um jacaré, que não conseguiu fugir das chamas a tempo. Desde janeiro, o bioma já registra a queima de uma área duas vezes maior que a cidade de São Paulo. Para conter as chamas, os Bombeiros utilizam aviões para lançar água, mas enfrenta o desafio de chegar às áreas afetadas. A polícia investiga a origem do fogo e trabalha com a hipótese de ser uma causa criminosa. A Operação Pantanal foi deflagrada em abril e conta com 96 militares envolvidos, sendo 83 bombeiros atuando por terra, três em aeronaves e outros 10 militares do Exército. Juntam-se aos esforços mais de 70 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) e outros voluntários. (g1)

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Até a sexta-feira, o Pantanal registrou 2.019 focos de incêndio em 2024, segundo a plataforma BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No mesmo período de 2023, havia apenas 133 focos. Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da UFRJ, mostram que 372 mil hectares foram atingidos pelo fogo de janeiro até a última terça-feira, um aumento de 54% em relação ao mesmo período de 2020, quando ocorreu a pior onda de incêndios do bioma. Especialistas avaliam que a situação atual é resultado da falta de articulação para ações preventivas contra queimadas, potencializadas pelo fenômenos El Niño. O quadro é ainda mais preocupante porque o pico de queimadas ocorre em setembro. Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) relatam que a situação hidrológica na região é considerada crítica, registrando seca excepcional em algumas áreas. Gustavo Figueirôa, biólogo do SOS Pantanal, afirma que a maior parte das queimadas ocorre por ações humanas, intencionais ou não. O resultado é a morte da fauna e da flora local. (Folha)

O problema dos incêndios não se restringe ao Pantanal, sendo uma preocupação nos demais biomas, que juntos já registram o maior número de focos de queimadas dos últimos 21 anos, com cinco dos seis biomas do país apresentando tendência de alta. Até quinta-feira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já contabilizava 27.914 focos de incêndio no primeiro semestre, atrás do recorde de 2003, quando houve 27.991 focos. Pantanal, Cerrado e Amazônia são as regiões que mais queimaram nos últimos três anos, mas a Caatinga e a Mata Atlântica também são acompanhadas com atenção pelo Inpe. (Globo)

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