Após pressão do mercado, Haddad e Tebet falam em intensificar revisão de gastos

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Em meio ao aumento da desconfiança do mercado com a política fiscal, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, saíram em defesa da intensificação da agenda de revisão e corte de gastos. Os dois se reuniram pela manhã para tratar dessa pauta. Haddad disse que já existe uma equipe focada na revisão de gastos, mas garantiu que haverá, a partir de agora, uma intensificação nos trabalhos, para que possa haver maior clareza na elaboração do Orçamento de 2025. Ele afirmou que está sendo feita uma reavaliação “ampla, geral e irrestrita das despesas do país”. Além disso, disse que todas as propostas dos senadores para compensar a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores da economia serão processadas e que os Poderes vão chegar a um denominador comum sobre o assunto rapidamente. (Estadão)

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A rediscussão de gastos já vinha ganhando corpo no governo. Na véspera, Tebet defendeu em audiência no Congresso que sejam revistos os gastos com seguro-desemprego, abono salarial e Benefício de Prestação Continuada. Também se mostrou a favor da análise sobre benefícios previdenciários de militares. “Nós temos um dever de casa agora sobre o lado das despesas. Se os planos A, B, C e D já estão se exaurindo para não aumentar a carga tributária pela receita, sobre a ótica das despesas nós temos plano A, B, C, D e E, que está sendo formulado pela equipe do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento e Orçamento”, afirmou Tebet nesta quinta-feira. (Folha)

Já o presidente Lula defendeu Haddad nesta quinta-feira e disse que o debate sobre desoneração agora depende do Senado e dos empresários. Para Lula, Haddad tentou “ajudar os empresários” com a MP da Compensação, devolvida pelo Legislativo. “Nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta. Os mesmos empresários não quiseram”, disse Lula após discurso na Organização Internacional do Trabalho, na Suíça. “Agora, a bola não está mais na mão do Haddad, está na mão do Senado e dos empresários. Encontrem uma solução. O Haddad tentou: não aceitaram, agora encontrem uma solução.” (UOL)

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