Moraes determina transferência de Ronnie Lessa e levanta sigilo de delação

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a transferência de Ronnie Lessa de Campo Grande ao presídio federal de Tremembé, em São Paulo, a pedido do réu. Executor da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), e do motorista Anderson Gomes, Lessa contou detalhes do crime em delação premiada, que teve o sigilo parcialmente levantado por Moraes na mesma decisão. Um dos principais pontos é que o assassino de aluguel planejou matar a parlamentar em outras ocasiões, sendo uma delas em uma bar na Praça da Bandeira, na Zona Norte e outra na casa de Marielle.

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No dia do crime, Edmilson, conhecido como “Macalé”, ligou para Lessa e disse que não poderia passar daquela data, ao que Élcio de Queiroz, também ex-policial militar e preso junto a Lessa, atendeu ao chamado. Lessa detalhou na delação outras práticas criminosas, ligando a Polícia Militar ao crime organizado do Rio de Janeiro. Uma das formas de atuação era a montagem de fuzis AR-15, que eram repassados a Queiroz e, depois, entregues a um policial do 14º Batalhão de Polícia Militar, em Bangu. 

Cerca de 20 fuzis foram vendidos neste esquema. Ainda sobre armamentos, Lessa narrou que importava peças bélicas dos EUA, onde “é igual comprar um chinelo”, e que aprendeu a montar as armas por meio de vídeos na internet. Os kits importados vinham com canos, gatilhos, molas e ferrolhos. Este é o mesmo depoimento que colocou os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão como mandantes do assassinato de Marielle – ambos foram presos em 24 de março pela Polícia Federal. (g1)

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