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As primeiras projeções divulgadas neste domingo revelam que as eleições para o Parlamento Europeu registraram um avanço significativo de partidos ultraconservadores, populistas, xenófobos e de extrema direita, analisa Jamil Chade.  A direita liderada pelo Partido Popular Europeu pode terminar o pleito com 181 assentos no Parlamento se manter como a maior força política do continente. Por outro lado, todos os partidos e movimentos de extrema direita podem somar, juntos, pelo menos 150 assentos, uma presença recorde no Parlamento, devendo superar  Socialistas e Democratas, com 135.

Em resposta ao pleito continental, o presidente francês, Emmanuel Macron anunciou a dissolução da Assembleia Nacional, após o resultado histórico do Reunião Nacional (RN), partido de extrema direita liderado por Jordan Bardella, que deve conseguir 32% das cadeiras francesas. “Decidi devolver a vocês a escolha do nosso futuro parlamentar por meio do voto”, anunciou o chefe de Estado. Marine Le Pen (RN) celebrou essa decisão e considera seu partido como “a grande força de alternância”. Já Raphaël Glucksmann, membro do Parlamento Europeu pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, acusou Emmanuel Macron de jogar “um jogo extremamente perigoso com a democracia e as instituições.” (UOL/G1/Le Monde)