Ministra argentina diz que não há foragidos do 8/1 no país: “propaganda”

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Uma boa parte dos condenados pelos atos golpistas do 8 de janeiro, em Brasília, teve as penas de prisão convertidas em medidas cautelares, como o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. Alguns deles, porém, aproveitaram a fragilidade das punições e a parca fiscalização nas fronteiras brasileiras para deixar o país. O UOL encontrou três fugitivos em Buenos Aires, capital argentina. Dois dos homens sequer pediram anonimato à reportagem, enquanto um outro apenas não se deixou filmar. Eles vivem de vendas de pulseiras verde-amarelas, as “patriotas”, e chegaram ao país vizinho por terra, após quebrarem o aparelho de monitoramento. O itinerário de Luiz Fernandes Venâncio nem mesmo foi conturbado: saiu do Tucuruvi, onde quebrou a tornozeleira com uma faca, e pegou um ônibus no Terminal Tietê, o maior da América Latina, em direção ao Rio Grande do Sul. De lá passou para o Uruguai e, finalmente, para a Argentina. (UOL)

Em cumprimento aos mandados de prisão emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a Polícia Federal identificou que quase 65 dos alvos, assim como Venâncio, estão na Argentina. Alguns deles, como o próprio vendedor, conseguiram um visto temporário do governo de Javier Milei, que inclusive impede que os foragidos sejam presos em solo platino. Mesmom assim, em resposta ao pedido de extradição anunciado pelo governo brasileiro na última semana, a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, disse em entrevista que se trata apenas de “propaganda” por parte do Brasil, e que as autoridades locais não identificaram os foragidos que a Justiça brasileira alega estarem na Argentina. (G1)

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