Chuvas voltam com força e provocam novos alagamentos em Porto Alegre

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As chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o final de abril voltaram com força a Porto Alegre nesta quinta-feira, deixando ruas e avenidas alagadas em diversos bairros. Em 15 horas, o volume de águas que caíram na capital gaúcha foi de mais de 100 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Apesar do impacto do temporal, o prefeito Sebastião Melo (MDB) disse não ter sido pego de surpresa, mas que “a quantidade de chuva foi excessivamente forte”. Em alguns bairros, a água subiu pelos bueiros, afetando regiões que ainda não tinham sido atingidas. De acordo com o diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), Maurício Loss, o barro levado pelas cheias nas últimas semanas tem diminuído a eficiência das galerias pluviais. Apenas 10 das 23 estações de drenagem estão funcionando. Devido à força da água, duas passarelas flutuantes montadas pelo Exército nos rios Forqueta e Rio Pardo, no interior do estado, foram levadas pela correnteza. (g1)

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Por conta dos temporais, as aulas foram suspensas em toda a rede municipal, estadual e privada das escolas de Porto Alegre. Segundo o prefeito Sebastião Melo, a decisão tem como objetivo reduzir o fluxo de veículos no município. Enquanto isso, os colégios municipais servirão como espaços de acolhimento e vão oferecer refeições. (GZH)

Com previsão de mais chuva, a prefeitura de Porto Alegre voltou a fechar as comportas que fazem a contenção das águas no Guaíba para auxiliar no escoamento das águas na cidade. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta de perigo para tempestades, válido até esta sexta-feira. O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos, Maurício Loss, disse nesta quinta-feira que a chuva tem se intensificado em Porto Alegre além do que os modelos previam. Segundo ele, a prefeitura trabalha para ampliar o funcionamento das casas de bomba para drenagem da água nos bairros mais afetados, como Menino Deus e Cidade Baixa. Algumas ruas da capital gaúcha voltaram a ficar alagadas nesta quinta-feira, entre elas, a Avenida Cristóvão Colombo, na região central. Com os novos temporais, o Guaíba chegou a subir 14 centímetros em cinco horas, chegando a 3,96 metros na manhã de hoje. (CNN Brasil)

O Rio Grande do Sul registrou 162 mortes devido às chuvas e enchentes que atingiram o estado há três semanas. Mas 20 corpos ainda não foram identificados e vão passar por um exame de DNA para saber quem são as vítimas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública gaúcha, o processo, que costuma durar de 20 a 22 dias, será mais rápido, pois foi adquirida uma máquina que emite o resultado em 90 minutos. Ainda assim, é necessário que um parente ou familiar vá ao Departamento Médico Legal e forneça uma amostra de seu material genético para a identificação ser feita.

A situação do estado, ainda com muita água e terra, ajuda a acelerar a decomposição dos corpos e, por efeito, dificulta a análise de impressões digitais, método mais usado para reconhecer vítimas. O médico legista e professor aposentado Nelson Massini diz que, além das digitais, outra opção é a radiografia da arcada dentária. Se ela também não funcionar, recorre-se ao exame de DNA. (Folha)

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