Supremo torna Zambelli e hacker réus por invasão de sistema do Judiciário

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira, aceitar denúncia contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, tornando-os réus. A acusação foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após investigação sobre a invasão do sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), concluída pela Polícia Federal em fevereiro. A denúncia da PGR narra como o homem, que teria sido contratado por Zambelli, conseguiu invadir o sistema do CNJ por meio de credenciais de outros funcionários do órgão e, em 4 de janeiro de 2023, incluiu três alvarás de soltura falsos. Ele também inseriu no Banco Nacional de Mandados de Prisão uma ordem falsa de detenção contra o ministro Alexandre de Moraes por “organização criminosa”. A defesa de Zambelli disse que tem “absoluta confiança de que a deputada não cometeu qualquer ilícito penal e tem certeza de que isso vai ficar comprovado durante o trâmite do processo”. Já a do hacker afirmou que seu cliente “é réu confesso na invasão do CNJ, portanto não é surpresa a denúncia em seu desfavor”. (Folha)

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Durante o julgamento, os ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes usaram os termos “desinteligência natural” e “burrice”, respectivamente, ao comentar a conduta de Zambelli (PL-SP) e do hacker na falsificação de um suposto mandado de prisão de Moraes contra si próprio. “Vossa Excelência, sempre muito educada, disse a desinteligência natural. Eu chamaria burrice mesmo, natural. E achando que isso não fosse ser descoberto”, afirmou Moraes. (g1)

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