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A defesa de Jair Bolsonaro (PL) e de seu candidato a vice na chapa de 2022 à reeleição presidencial, general Walter Souza Braga Netto, recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a inelegibilidade dos dois. Os advogados querem que o TSE encaminhe um recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a condenação por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022 em Brasília e no Rio de Janeiro, impedindo-os de disputar eleições até 2030. No início do mês, os ministros do TSE rejeitaram um primeiro recurso para reverter a condenação e mantiveram a inelegibilidade de ambos. No novo pedido, apresentado na última quinta-feira, a defesa solicita que Alexandre de Moraes, que preside o TSE, encaminhe o pedido ao STF para que todos os ministros do tribunal decidam juntos. Os advogados argumentam que não houve usurpação ilegal das comemorações do Bicentenário da Independência para fins eleitorais e que, ainda que candidatos à reeleição enfrentem restrições mais duras, “não se pode admitir que sejam silenciados em suas campanhas”. (CNN Brasil)

Reservadamente, ministros do STF dizem enxergar um “jogo político natural” da defesa de Bolsonaro, conta Clarissa Oliveira. Nos bastidores, a avaliação é que isso contribui para manter a base bolsonarista mobilizada, mas não veem uma chance real de que ele volte a disputar eleições até 2030. (CNN Brasil)

Essa é a segunda condenação de Bolsonaro, que em junho passado já havia sido condenado por ataques ao sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores. Bolsonaro também recorreu dessa decisão, mas o julgamento ainda não ocorreu. O recurso ficou sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin, mas ele se declarou impedido de atuar, por ter sido advogado do presidente Lula na eleição de 2022. Agora, o processo está com Luiz Fux. Braga Netto foi absolvido nesse caso. (Globo)