CNI é contra a inclusão de mais produtos na cesta básica
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A Confederação Nacional de Indústria reuniu os principais líderes do setor para discutir na sexta-feira (17) a regulamentação da reforma tributária e decidiu se posicionar contra a inclusão de mais produtos com alíquota zero ou tributação reduzida, como os itens da cesta básica. Entre eles estão as carnes, cuja inserção era defendida por supermercados e o agronegócio em lobbies no Congresso Nacional. Mário Sérgio Telles, superintendente de Economia da CNI, afirmou que “não vamos sugerir nenhuma inclusão porque o que a gente quer é que a alíquota de referência seja a menor possível, que é onde todo mundo vai pagar”.
A CNI argumenta que, caso mais produtos consigam a redução da alíquota, maior será o alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), estimado em 26,5% pelo governo. O Ministério da Fazenda propõe que carnes tenham alíquota reduzida em 60% em relação à tributação padrão de referência, exceção feita a produtos de alta renda, como foie gras e salmão, com cobrança total de tributos.
Outro posicionamento da CNI decidido no encontro da última sexta (17) é pela redução do prazo do governo par aa devolução dos créditos tributários. A proposta do governo pede 75 dias, que podem chegar a 285 caso o acúmulo de créditos seja considerado anormal ou fora dos padrões da empresa. Já a CNI quer que o retorno seja feita em 45 dias, sendo 30 para a análise e 15 para o pagamento. (Estadão)