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A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta terça-feira contra uma organização criminosa acusada de vender armas e munições para facções na Bahia, Alagoas e Pernambuco. O grupo suspeito é formado por policiais militares da Bahia e de Pernambuco, donos de lojas de armas e munições e CACs (colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores).

Batizada de “Fogo Amigo”, a operação cumpre 20 mandados de prisão e mais 33 de buscas e apreensão nos três estados do nordeste. A justiça determinou a apreensão de bens e o bloqueio de recursos que, somados, chegam a R$ 10 milhões, além da suspensão das atividades das lojas envolvidas no esquema.

Em São Paulo, a PF e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) fizeram outra operação contra CACs suspeitos de venda ilegal de armamento. Esta, porém, faz parte da investigação para descobrir de onde vem o arsenal da quadrilha envolvida no Novo Cangaço, nome dado à tática de cercar uma cidade e atacar agências bancárias e caixas eletrônicos. De acordo com a promotoria, ações como essa são financiadas pelo PCC, cujo principal fornecedor de armas e munições são os CACs. (Folha)