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Em menos de 24h, a crônica esportiva perdeu três gigantes. Depois de Washington Rodrigues, o Apolinho, e Antero Greco, o narrador Silvio Luiz também morreu, aos 89 anos. Dono de bordões inesquecíveis e uma irreverência marcante, Silvio estava internado desde 8 de maio no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, depois de idas e vindas à UTI após sofrer um derrame durante a transmissão da final do Campeonato Paulista. Na última semana, com uma piora no quadro, ele voltou a ser internado. Uma falência múltipla dos órgãos é a causa oficial da morte, comunicada em nota da instituição. (UOL)

Silvio Luiz Peres Machado de Souza iniciou no jornalismo esportivo por meio das reportagens de campo, mas seu carisma e a capacidade de comunicação o levaram rapidamente às cabines de transmissão, onde assumiu os microfones e passou a irradiar as partidas. É responsável pela transmissão de alguns dos maiores feitos esportivos brasileiros, tendo narrado dois títulos mundiais de futebol e diversas Olimpíadas. Apesar de ter a imagem atrelada sobretudo à Band e à RedeTV!, passou também por SBT e TV Record. Nos últimos anos, liderava as transmissões digitais da Record, transmitidas via o portal R7 e PlayPlus. (ge)

“Pelas barbas do profeta” é, talvez, um dos bordões mais conhecidos da TV brasileira. Além dele, Silvio Luiz deu fama a outras frases de efeito. Toda vez que um jogador perdia uma chance clara de gol, por exemplo, ele se questionava: “Que que eu vou dizer lá em casa?!”. Na celebração do momento máximo do futebol, ao contrário da convenção adotada no Brasil, o grito de “gol” ficava para depois; Silvio apostava no “foi, foi, foi, foi, foi ele!”, dando nome ao autor do tento logo na sequência. O mais clássico e repetido deles, claro, era o “olho no lance!”, que bradava a plenos pulmões momentos antes do gol – com uma precisão única para antecipar uma bola na rede. (Folha)