Estudo liga gigantes da moda europeia a desmatamento no Cerrado brasileiro

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Mesmo estampando um selo de produção sustentável, calças, bermudas e camisetas de algodão que chegam a grandes marcas europeias, como Zara e H&M deixam um rastro de desmatamento, grilagem de terras e violação de direitos humanos no Brasil. Essa é a conclusão do relatório Fashion Crimes da ONG Earthsight, publicado nesta quinta-feira, que analisou o trajeto de 816 mil toneladas de algodão com o auxílio de imagens de satélite, registro de envios de mercadoria, arquivos públicos e visitas às regiões produtoras ao longo de um ano. Segundo o documento, a matéria-prima foi destinada a oito empresas asiáticas entre 2014 e 2023, que fabricaram cerca de 250 milhões de itens para essas lojas. De acordo com a organização, o algodão exportado sai principalmente do Oeste da Bahia, região do Cerrado, muitas vezes desmatada ilegalmente para a ampliação do cultivo. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o corte dessa vegetação dobrou nos últimos cinco anos. A Zara e H&M disseram que levam o assunto a sério e aguardam um retorno de sua certificadora. (DW)

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