Musk volta a atacar Moraes; AGU defende ministro do STF

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Elon Musk, dono do X, o antigo Twitter, fez, neste domingo (7), novos ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um post, Musk sugeriu que Moraes deveria “renunciar ou enfrentar impeachment”. No sábado, após o perfil oficial do X anunciar o bloqueio de algumas contas populares no Brasil devido a decisões judiciais, Musk retuitou uma mensagem afirmando que todas as restrições estavam sendo levantadas e que “princípios são mais importantes que lucro”. “Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá”, disse Musk. O empresário garantiu que divulgará todas as informações exigidas pelo ministro e “como essas solicitações violam a legislação brasileira”. Embora o post original da empresa não mencionasse a origem das decisões judiciais, Musk repostou o comunicado e questionou diretamente Moraes, marcando-o na mensagem. No sábado, o empresário já havia respondido em tom de crítica um post antigo feito pelo ministro Moraes. Em publicação em que o ministro parabenizava o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, pelo seu cargo, em 11 de janeiro, o empresário questionou o porquê de “tanta censura no Brasil”. No início da tarde deste sábado, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) respondeu a Musk, no mesmo post, dizendo estar fazendo um requerimento para audiência da Câmara, incluindo representante da empresa.

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No sábado à noite, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, criticou indiretamente Elon Musk e defendeu a regulamentação das redes sociais, expressando preocupação com bilionários estrangeiros que desrespeitam o Estado de Direito ao ignorar ordens judiciais e ameaçar autoridades, enfatizando a importância da paz social. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) aproveitou o episódio para pedir que o presidente da Câmara, Arthur Lira, inclua o PL das Fake News na pauta, argumentando que é necessário estabelecer responsabilidades para as plataformas digitais. O senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) declarou que a medida é o “único caminho para garantir que nenhuma plataforma sirva de playground de bilionário descompromissado com a democracia”. João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secom do governo Lula, também criticou Musk, acusando-o de desprezar a Justiça brasileira e agir por motivos políticos e possivelmente comerciais, antecipando o descumprimento de resoluções do TSE para as eleições de 2024. (Folha e UOL)

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