Para preservar alianças, governo não orienta bancada em 1/3 das votações

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Com dificuldades para consolidar apoio no Congresso, o governo Lula adotou a estratégia de não direcionar votos de sua bancada de aliados em cerca de 30% das deliberações parlamentares na Câmara e no Senado. Essa atuação busca evitar confrontos com aliados e se abster de medidas controversas. Segundo levantamento realizado pelo jornal O Globo, em 26% das votações na Câmara, as bancadas governistas foram autorizadas a votar livremente, em comparação com 20% no ano anterior. A orientação de voto é parte do procedimento nas Casas legislativas, onde os líderes partidários expressam diretrizes para suas bancadas. No entanto, essas instruções nem sempre são seguidas. A complexa base aliada do governo, que abrange partidos diversos, torna difícil obter unidade em certos projetos.

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No Senado, das cinco votações nominais realizadas no plenário neste ano, em três delas não houve direcionamento por parte do governo. Um exemplo disso foi o projeto que restringiu a chamada “saidinha” de presos em feriados. Embora a medida tenha enfrentado resistência de ministros, o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), optou por não recomendar o voto contrário para evitar uma derrota garantida. Como resultado, a proposta foi aprovada com uma votação de 62 a 2. A estratégia de liberar a bancada em algumas votações também reflete a falta de interesse do governo em determinados assuntos. Por exemplo, a Lei Orgânica das PMs e do Corpo de Bombeiros foi aprovada sem o direcionamento do governo, evidenciando sua priorização de outras pautas. (Globo)

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