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Acusado de agredir a ex-companheira, o deputado federal e delegado Carlos Alberto da Cunha (PP-SP) se tornou réu por abuso de autoridade e constrangimento. O parlamentar de 46 anos responde a pelo menos cinco processos administrativos na Polícia Civil, que podem resultar na expulsão dele da instituição. O Ministério Público de São Paulo apresentou uma denúncia por um caso que ocorreu em julho de 2020, durante uma operação policial em uma comunidade da Zona Leste da capital paulista. Da Cunha teria participado de uma ação que desarticulou um sequestro, mas após a liberação do refém e prisão do criminoso, ele obrigou os dois a voltarem ao cativeiro para que ele pudesse filmar uma cena se vangloriando como responsável pelo resgate.

Em outra ocasião, o delegado foi acusado de postar um vídeo nas suas redes sociais sobre uma operação em que inventou a prisão de um chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para ganhar seguidores, também em 2020. O parlamentar já responde outro processo por agressão a ex-mulher, nutricionista Betina Grusiecki, que o acusou de bater sua cabeça contra a parede e apertar seu pescoço. Da Cunha está licenciado de seu cargo como delegado desde 2021 para exercer a função de parlamentar na Câmara dos Deputados em Brasília. Eleito deputado federal por São Paulo com mais de 180 mil votos, Da Cunha também é investigado por enriquecimento ilícito. (g1)