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As duas noites que Jair Bolsonaro (PL) passou na Embaixada de Hungria em Brasília podem sinalizar uma tentativa de fuga e, com isso, justificar sua prisão, avaliam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e criminalistas ouvidos pela coluna de Mônica Bergamo. Qualquer atividade que aponte para o não cumprimento de uma sentença pode embasar um pedido de prisão preventiva. Durante a estada de Bolsonaro na embaixada, os funcionários da diplomacia húngara foram orientados a trabalhar de casa, sem receber qualquer explicação para tal. Essa medida fortalece a hipótese de que ele teria ficado na embaixada para discutir a possibilidade de pedir asilo à Hungria, governada pelo ultradireitista Viktor Orbán. Magistrados do Supremo, porém, alertam que Bolsonaro poderia apresentar alguma justificativa para a visita e que a prisão o vitimaria perante seus apoiadores. A PF vai investigar o caso. Segundo investigadores, ainda é cedo para dizer se houve uma tentativa de fuga, mas é preciso apurar a motivação da permanência de Bolsonaro na embaixada. Dentro da missão diplomática, o ex-presidente não poderia ser preso pois o local é protegido pelas convenções internacionais. (Folha)