Cid volta a ser preso por ‘descumprimento’ de medidas e obstrução de Justiça

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No dia seguinte ao vazamento de áudios em que diz que foi pressionado por policiais federais ao depor e critica o ministro Alexandre de Moraes, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), voltou a ser preso nesta sexta-feira. A prisão preventiva do militar foi determinada por Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por descumprimento das medidas cautelares e por obstrução à Justiça. Antes disso, ele prestou mais um depoimento no STF sobre a delação premiada firmada com a Polícia Federal e o conteúdo dos áudios revelados pela revista Veja. Nas gravações, o militar acusa Moraes, que homologou a delação, e agentes da PF de estarem com a “narrativa pronta”, ou seja, de ter havido irregularidades ao longo do acordo de colaboração. O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, afirmou ao Blog da Camila Bomfim que os áudios revelam um “desabafo”, já que ele vive um momento de angústia “pessoal, familiar e profissional”. O ex-ajudante de ordens foi preso pela primeira vez em maio de 2023, na operação que investiga falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores. Em setembro, fechou o acordo de colaboração premiada e foi solto em seguida. (g1)

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Mais cedo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, fez uma representação ao STF contra o tenente-coronel por afirmar a um interlocutor, em áudios revelados na quinta-feira, que foi pressionado pelos policiais a falar o que eles queriam, além de criticar o ministro Alexandre de Moraes. “Ninguém acusa a PF e o STF e sai impunemente”, disse Rodrigues. “Fomos acusados e representamos ao STF para que as graves acusações sejam esclarecidas”, afirmou o delegado. (Veja)

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