Presidente de Israel critica Lula após comparação com o Holocausto: ‘distorção imoral da História’

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A comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva das ações de Israel em Gaza ao Holocausto provocou reação forte do presidente de Israel, Isaac Herzog. Nas redes sociais, ele fez questão de postar, em português, uma crítica ao brasileiro, classificando como “distorção imoral da História”. Herzog ainda pediu que a comunidade internacional uma “condenação inequívoca” de Lula pelas considerações feitas em entrevista em Adis Abeba, na Etiópia.

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No Brasil, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, devolveu as acusações feitas pelo ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Para Pimenta, Gallant divulgou uma “fake news” ao dizer que Lula apoia gurpos terroristas. Gallant ainda classificou a fala do brasileiro como “abominável” e “ultrajante” e que traz “grande vergonha” ao país.

O ministro da Secom, por sua vez, pontou que são “mais de 10 mil crianças mortas” em Gaza e que, desde o dia 7 de outubro – dia do atentado terrorista em território israelense –, o Brasil “condenou os ataques terroristas do Hamas em todos os fóruns”. Pimenta também conclamou a comunidade internacional, mas, desta vez, a não se “calar diante do massacre de um povo que não pode sofrer um extermínio pelos crimes cometidos por um grupo”. (R7)

“Parem o massacre”

Além da reação de Pimenta, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para explicar que Lula não dirigiu as críticas ao povo judeu, mas ao governo de extrema-direita de Israel. Ela acusou o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu de tentar manipular a opinião dos judeus contra Lula.

“Nada é tão cruel quanto o que vem sofrendo o povo palestino, vítima de uma política de extermínio orientada pelo preconceito e pelo ódio. O governo de extrema-direita de Israel está levando o país ao isolamento internacional e tem recebido a repulsa da civilização”, disse Gleisi. “Deveriam se envergonhar de seus crimes contra a humanidade. Parem com o massacre! Sentem-se à mesa para construir a paz, respeitando o direito de todos os povos à soberania e à justiça”, completou.

 

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