Na Etiópia, Lula critica Israel e defende protagonismo do Sul global

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O presidente Lula aproveitou o púlpito do encontro anual da Cúpula das Nações Africanas para endurecer o discurso contra Benyamin Netanyahu, o premiê israelense. Na fala, feita enquanto convidado estrangeiro do evento, sediado na Etiópia, Lula disse que há uma “resposta desproporcional” de Israel ao ataque terrorista do Hamas, citando os “quase 30 mil palestinos” mortos pelas ações das Forças Especiais na Faixa de Gaza. Além disso, o petista pediu a liberação imediata dos reféns ainda sob custódia dos extremistas palestinos. O brasileiro voltou a defender a criação de um Estado palestino. Durante o discurso, Lula evocou os líderes da descolonização africana, encampada em na metade do século passado, e suas “melhores tradições humanistas”.

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Na parte da tarde, o presidente brasileiro ainda se encontrou com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, que agradeceu apoio de Lula aos palestinos. No encontro, Shtayyeh fez questão de enfatizar que o Estado Palestino não é o Hamas e disse que a prioridade é conseguir um cessar-fogo imediato. De acordo com o primeiro-ministro palestino, estima-se que há 9 mil pessoas mortas sob os escombros.

No discurso, Lula também citou o conflito no Leste Europeu ao dizer que apenas a política e diplomacia podem encerrar a invasão da Rússia à Ucrânia. Como no Egito, onde chegou a prometer recursos para a Agência da ONU para Refugiados (Unrwa), criticada por Tel-Aviv e tida pelos líderes israelenses como aliada do Hamas, Lula citou a alegada inação da ONU e defendeu a criação de um grupo para os países emergentes. O presidente mencionou, ainda, o que ele aponta como necessidade de reforma em organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o próprio Conselho de Segurança da ONU. (Folha e Valor)

 

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