Para diminuir tensão com Congresso, governo pagará R$ 2 bilhões em emendas

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Com o objetivo de contornar a crise com a base aliada e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o governo prometeu a aliados pagar R$ 2 bilhões em emendas parlamentares até o carnaval. O montante se refere a verbas do extinto orçamento secreto, transformadas em recursos dos ministérios sob indicação política. A promessa, segundo fontes, é liquidar os pagamentos, encerrando as críticas de que o Executivo não teria honrado o combinado. Além disso, essa medida visa fortalecer o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alvo de fritura de Lira e do Centrão por causa das emendas. Os R$ 2 bilhões são referentes ao Orçamento do ano passado. O não pagamento até 31 de dezembro também levou à pressão de Lira, que enviou ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade, junto com seis líderes de partidos, sendo cinco da base governista, questionando os critérios para pagamento das emendas parlamentares da área. Petistas admitem que, embora isso resolva parte da crise, não será suficiente, já que deputados e senadores se queixam do veto a R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão no Orçamento deste ano. E ameaçam derrubar o veto do presidencial se os recursos não forem recompostos. (Valor)

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Enquanto isso… Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), almoçaram nesta quarta-feira em um encontro fora da agenda. “Almoçamos. Foram conversas gerais”, disse Pacheco, que na véspera se reuniu com o presidente Lula e decidiu segurar as sessões para analisar os vetos presidenciais, irritando Lira e o Centrão. (Poder360)

Já Lula só deve se encontrar com Lira depois que ele hastear “bandeira branca”, conta Gustavo Uribe. Ele não gostou do tom do presidente da Câmara no início do ano legislativo e não quer ouvir queixas sobre seus ministros. Além disso, prefere esperar para ter um cenário mais claro sobre as votações do Congresso. Lula passará o Carnaval fora de Brasília e, depois, irá à África. Por isso, o encontro só deve ocorrer no fim deste mês ou no início de março. (CNN Brasil)

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