Receita investiga lavagem de dinheiro em programa de recuperação do setor de eventos

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Fiscais da Receita Federal estão investigando indícios do uso do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) para operações de lavagem de dinheiro de atividades ilícitas. No ano passado, o custo do programa chegou a R$ 17 bilhões, enquanto a estimativa era de um gasto de R$ 4,4 bilhões. Números preliminares da área técnica indicam que o custo pode ter chegado a R$ 30 bilhões com as possíveis fraudes que vêm sendo detectadas pelo Fisco. O programa zera todos os tributos federais (IRPJ, CSLL, PIS e Cofins) em um setor que o Ministério da Fazenda considera que já se reergueu da pandemia e está em “franca recuperação”. Em conversas privadas, o ministro Fernando Haddad vem afirmando que o programa precisa acabar, sob o risco de a política pública estar servindo de estímulo a irregularidades. A revogação do Perse foi incluída pelo governo na medida provisória de reoneração gradual da folha de pagamentos, que enfrenta resistências na Câmara e no Senado. Líderes da Câmara dizem, nos bastidores, que, diante desses alertas de irregularidades, a Fazenda tem de apresentar informações que comprovem as operações ilícitas. Autor do projeto de lei que deu origem ao Perse, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) deve se reunir com Haddad, parlamentares e representantes do setor nesta quarta-feira. (Folha)

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