PF convoca servidores da Abin para depor devido a reunião durante operação

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Enquanto a Polícia Federal realizava uma operação com foco na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e no seu ex-diretor Alexandre Ramagem, o atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, convocava uma reunião, que agora está sob suspeita dos policias federais. Para esclarecer o teor do encontro, a PF convocou três servidores para depor, em meio a suspeitas de que a atual direção da Abin estaria atrapalhando as investigações. A reunião começou na quinta-feira por volta das 11h, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ainda não havia retirado o sigilo da decisão em que autorizou a operação na Abin. Até então, não era público que a atual cúpula da Abin também era citada pela PF no pedido que motivou a operação sobre suposta espionagem ilegal. Segundo a PF, há indícios de “conluio” entre a atual gestão e servidores que atuaram no governo passado e são investigados e tentativa de dificultar o trabalho da PF. A Abin nega. Funcionários da agência dizem que a reunião foi convocada para gestão de crise, explicando que isso é normal em situações em que o órgão tem sua imagem afetada. (Folha)

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A exoneração do número dois da Abin, o diretor adjunto Alessandro Moretti, já é dada como certa, segundo o Blog da Natuza Nery. Para interlocutores de Lula na PF e no Ministério da Justiça, além de ministros com os quais o presidente despacha diariamente, a situação dele é insustentável e sua demissão é questão de tempo. Esse grupo é favorável a mudanças profundas na estrutura da Abin e considera que a situação do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, também ficou delicada. Por isso, a necessidade de mudanças profundas na estrutura da agência. Mas há divergências. O ministro Rui Costa, da Casa Civil, entende que é preciso esperar “baixar a temperatura” e entender melhor a investigação da PF. Vale lembrar que, desde março passado, a Abin deixou de estar subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional e passou para o guarda-chuva da Casa Civil. (g1)

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