Setor da Abin criado sob Bolsonaro teria suado software espião

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Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) lotados no Centro de Inteligência Nacional (CIN), criado em 2020, utilizaram o software espião FirstMile durante o governo Jair Bolsonaro (PL), segundo documentos acessados pela Polícia Federal na operação Última Milha. O CIN fazia parte de estruturas da Abin criadas por decreto no governo passado, quando a agência era chefiada por Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal e pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro. Desmontado pelo governo Lula, o CIN foi chefiado por servidores da Abin e policiais federais próximos a Ramagem e à família Bolsonaro, sendo apelidado de “Abin paralela”. Utilizado entre 2019 e 2021, o FirstMile ficava em computadores da Diretoria de Operações de Inteligência, mas depoimentos e documentos mostram seu uso por solicitação de pessoas ligadas ao CIN. E-mails entre funcionários da Abin e da empresa que vendeu o FirstMile indicam que a ferramenta invadia a rede de telefonia nacional. A suspeita é que a Abin o usou ilegalmente, durante a gestão Bolsonaro, contra jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente. Ramagen nega irregularidades e afirma que o “departamento de operações, composto exclusivamente de servidores de carreira da Abin, era o único responsável pela gestão, senhas e execução do sistema”. (Folha)

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