Governo anuncia nova política industrial com R$ 300 bilhões em financiamentos

Receba as notícias mais importantes no seu e-mail

Assine agora. É grátis.

O governo federal anunciou nesta segunda-feira, durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), a Nova Indústria Brasil (NIB), nova política industrial que vai disponibilizar R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026. O lançamento contou com a presença do presidente Lula e do vice-presidente e ministro da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin, que está à frente do CNDI. A verba do programa será gerida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O NIB prevê uma série de metas e objetivos para desenvolver a indústria até 2033 e um plano de curto prazo, até o fim do mandato atual, em 2026. Na prática, o NBI define o governo como principal indutor do desenvolvimento do setor com medidas que devem “fortalecer a indústria brasileira, tornando-a mais competitiva, e, assim, capaz de gerar empregos, de elevar a renda nacional e de reduzir desigualdades”. No documento, o Executivo afirma que a nova política industrial também é uma resposta a um processo de desindustrialização e ao baixo desenvolvimento e exportação de produtos com complexidade tecnológica. (g1)

PUBLICIDADE

O pacote reedita políticas de gestões petistas anteriores ao prever financiamentos e subsídios ao setor, além de uma política de obras e compras públicas, com incentivo ao conteúdo local. “Muitas vezes, para que o Brasil se torne competitivo, tem que financiar algumas das coisas que ele quer exportar”, disse Lula. “O debate a nível de mercado internacional é muito competitivo, é uma guerra.” O NIB é focado em seis áreas: agroindústrias; complexo industrial da saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; transformação digital; bioeconomia e transição energética; e tecnologia de defesa. (Estadão)

Para o economista Armando Castelar, do FGV/Ibre e do Instituto de Economia da UFRJ, o ponto a ser explicado pelo governo é como um modelo já testado e sem sucesso terá um efeito diferente agora. “Para uma política que parece tanto com as do passado, falta um mínimo de entendimento por que do que deu errado”, afirmou. Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, negou que a nova política industrial represente a volta da política de “campeões nacionais” que vigorou principalmente durante o governo de Dilma Rousseff. “A gente trabalha por demanda, não escolhe parceiro. Estamos recebendo os projetos, e a aprovação cresceu 32%. Tudo feito com transparência e seriedade”, disse, acrescentando que o governo segue uma tendência mundial de maior participação do Estado na economia, para acelerar a transição energética. (Globo)

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.