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Irã eleva o tom e diz que será ‘difícil e decisivo’ com inimigos

Após atingir com mísseis alvos nos vizinhos Paquistão, Iraque e Síria, deixando claro suas capacidades militares, o Irã mostrou que está determinado a atacar inimigos. “Somos uma potência mundial de mísseis”, afirmou o ministro da Defesa, Mohammad Reza Ashtiani, segundo a mídia estatal. “Onde quer que ameaçassem a República Islâmica do Irã, nós reagiremos, e esta reação será definitivamente proporcional, dura e decisiva.” O Irã frequentemente ataca seus inimigos por procuração, contando com os grupos armados que financia e apoia, como Hezbollah (Líbano), Hamas (Gaza) e os Hutis (Iêmen) – e por vezes negando qualquer envolvimento em ataques. Mas, nesta semana, agiu por conta própria e anunciou as suas ações, enquadrando publicamente os ataques com mísseis como vingança. Segundo fontes da Guarda Revolucionária, a demonstração de força iraniana teve o objetivo de tranquilizar os conservadores do país e os aliados no exterior, além de alertar Israel, Estados Unidos e grupos terroristas de que Teerã, se atacado, vai contra-atacar. Os apoiadores do regime islâmico ficaram indignados dos ataques que mataram dezenas de pessoas no Irã, fazendo o país parecer vulnerável. Analistas indicam, no entanto, que as ações iranianas foram pensadas para evitar um enfrentamento direto com Tel Aviv, Washington ou seus aliados, parando antes de iniciar uma escalada que pode inflamar ainda mais a região. (New York Times)

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Enquanto isso… no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que o fim do conflito em Gaza encerrará outros embates na região, referindo-se diretamente ao Hezbollah e aos Hutis. “Se o genocídio em Gaza parar, então, levará ao fim de outras crises e ataques na região.” (CNN)

Já o governo americano anunciou a inclusão dos Hutis, que estão atacando embarcações no Mar Vermelho em apoio ao Hamas, como grupo “terrorista global”. Com isso, as instituições financeiras dos Estados Unidos devem congelar fundos pertencentes aos Hutis e seus membros serão banidos do país. A medida entrará em vigor daqui a 30 dias, deixando de fora ações humanitárias. “O povo do Iêmen não deve pagar o preço pelas ações dos Hutis”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan. (Guardian)

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