Após reunião tensa, Brasil e Paraguai mantêm impasse sobre tarifa de Itaipu
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Depois de mais de quatro horas de reunião, o presidente Lula e seu colega paraguaio, Santiago Peña, não chegaram a um consenso sobre a revisão da tarifa da hidrelétrica Itaipu Binacional. O país vizinho pleiteia um valor maior do que o desejado pelo Brasil para a venda de sua energia excedente. O governo brasileiro anunciou no ano passado que a tarifa seria fixada em US$ 16,71 por quilowatt (kW) por mês, já os paraguaios querem voltar a US$ 20,75, como em 2022. Devido ao impasse, em dezembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou US$ 17,66 como tarifa provisória de 2024, abaixo dos US$ 20,23 de 2023. A mudança desejada pelos paraguaios pode elevar o preço da energia no Brasil, especialmente no Sul, no Sudeste e em parte do Centro-Oeste. O governo paraguaio defende também a possibilidade de vender o excedente, hoje exclusividade do Brasil, para outros países. “Eu tenho muito interesse que isso [revisão do acordo] seja feito o mais rápido possível e que a gente possa trabalhar para apresentar uma solução definitiva de novas relações entre Paraguai e Brasil na gestão da nossa importante Itaipu”, disse Lula. (g1)