Relatório em Davos alerta para perspectivas econômicas moderadas e marcadas pela incerteza
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Começa hoje o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Este ano, o evento que reúne líderes governamentais e empresariais para discutir tendências econômicas, ambientais, geopolíticas e tecnológicas é marcado pelas guerras e conflitos em andamento e por uma perspectiva mais sombria dos economistas para 2024. De acordo com uma nova pesquisa, as expectativas de crescimento este ano são “moderadas” e marcadas pela incerteza, devido às condições financeiras restritivas, às tensões geopolíticas e aos rápidos avanços na inteligência artificial, com 56% dos entrevistados esperando que as condições se enfraqueçam. Entretanto, quase um quarto prevê uma economia mais forte, enquanto 20% preveem que o ambiente permanecerá inalterado. O documento diz ainda que “a relativa resiliência da economia mundial nos últimos anos continuará a ser testada”, acrescentando que a atividade está “estagnada” em meio a uma possível desaceleração nos setores industrial e de serviços. O Fórum Econômico Mundial segue até o dia 19 de janeiro. Da parte do Brasil, o presidente Lula foi convidado, mas não vai comparecer e será representado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. (RFI e Reuters)
Por ocasião do fórum, a Oxfam divulgou seu novo relatório de 2024 e destaca duas conclusões: os bilionários nunca foram tão numerosos e as desigualdades entre os países do sul e do norte explodiram. Além disso, 60% da humanidade ficou mais pobre em 2023 e 9 em cada 10 pessoas mais pobres vivem em um país do sul. Já os ricos também viram sua riqueza dar um salto com o fim da pandemia. Segundo a Oxfam, a fortuna de bilionários do planeta está em US$ 3,3 trilhões, ou 34% maior do que no início de 2020. (RFI)