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Sem qualquer previsão de término, muito pelo contrário, a guerra entre o Hamas e Israel completa 100 dias neste domingo (14). O ataque coordenado pelo grupo terrorista em 7 de outubro do ano passado, considerado o pior em décadas contra os israelenses, vem ganhando novas proporções nos últimos dias, com a forte ameaça de se espalhar ainda mais pelo Oriente Médio. Com o envolvimento crescente de países vizinhos, como Líbano e Iêmen, e atores internacionais como Estados Unidos e Irã buscando influência, autoridades israelenses e palestinas concordam que o desfecho do conflito está longe.

Após o ataque terrorista ter vitimado 1,2 mil israelenses, militares do país permanecem em operação em território palestino, e 132 reféns capturados pelos terroristas no dia do ataque ainda estão em cativeiro na Faixa de Gaza. Israel estima que 25 dos reféns estejam mortos, com seus corpos retidos pelo Hamas e grupos aliados. Um protesto de 24 horas foi iniciado em Tel Aviv na tarde de sábado (13), pedindo o retorno dos reféns. Mais de 180 soldados israelenses perderam a vida no confronto. Em Gaza, 2 milhões de pessoas (87% da população) foram deslocadas e mais de 23 mil morreram, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas – não se pode, entretanto, verificar de forma independente os números divulgados.  A infraestrutura civil em Gaza foi quase totalmente destruída, levando a escassez de insumos básicos e colocando toda a população em risco de fome e doenças. Por outro lado, Israel enfrenta investigações internacionais por morte de jornalistas em Gaza e uma acusação de violar a Convenção da ONU sobre Genocídio, movida pela África do Sul e apoiada por alguns países, entre eles o Brasil, na Corte Internacional de Justiça em Haia. Apesar da pressão, o governo israelense reafirma que a operação militar só terminará com a aniquilação do Hamas. (Globo)