Barroso diz que 8 de janeiro foi ‘derrota do espírito’ e defende ‘verdadeira pacificação’
Durante ato no Supremo Tribunal Federal (STF) para marcar o primeiro aniversário dos ataques às sedes dos Três Poderes e a inauguração de uma exposição sobre aquele dia, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, afirmou que os atos golpistas representaram “a mais profunda e desoladora derrota do espírito” e que o momento agora é de uma “verdadeira pacificação da sociedade”. “Falsos patriotas que não respeitam os símbolos da Pátria. Falsos religiosos que não cultivam o bem, a paz e o amor. Desmoralizaram Deus e a bandeira nacional. O que assistimos aqui foi a mais profunda e desoladora derrota do espírito”, disse. “Jamais esqueceremos! E estamos aqui para manter viva a memória do episódio que remete ao país que não queremos. O país da intolerância, do desrespeito ao resultado eleitoral, da violência destrutiva contra as instituições. Um Brasil que não parece com o Brasil”, afirmou. O ministro defendeu a pacificação nacional. “Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, mas meu parceiro na construção de uma sociedade aberta, plural e democrática. A verdade não tem dono. Existem patriotas autênticos com diferentes visões de país. Ninguém tem o monopólio do amor ao Brasil.” A ministra aposentada do STF Rosa Weber, que presidia a Corte à época dos ataques, também discursou na cerimônia e disse que o 8 de janeiro precisa ser lembrado como um marco na resistência da democracia. (g1)