UE chega a acordo de revisão das leis de asilo e imigração

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Após três anos de negociações, a União Europeia chegou a um acordo nesta quarta-feira de revisão de suas leis de asilo e imigração. A reforma inclui uma verificação mais rápida de chegadas irregulares, a criação de centros de detenção nas fronteiras, a deportação acelerada de requerentes de asilo que tiveram seus pedidos negados e um mecanismo de solidariedade para aliviar a pressão sobre os países mediterrâneos, que recebem maior fluxo de imigrantes. “A imigração é um desafio europeu comum. A decisão de hoje nos permite geri-la em conjunto”, afirmou a presidente Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O acordo precisa ser formalmente aprovado pelo Conselho Europeu, que representa os 27 países-membros da UE, e pelo Parlamento Europeu. Esse tema ganhou força nos últimos anos frente à ascensão de partidos nacionalistas anti-imigrantes em vários países, como Itália, Suécia e Holanda. (France24)

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Enquanto a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, saudou o acordo como histórico, organizações de direitos humanos e grupos de defesa dos imigrantes alertaram sobre os impactos das medidas propostas para aqueles que chegam às fronteiras da Europa. Mais de 50 organizações sem fins lucrativos destacaram em uma carta aberta que o novo pacto permitirá a detenção arbitrária de crianças, a remoção de migrantes para o que o acordo chama de “países terceiros seguros” e o aumento do “perfilamento racial”. “Hoje é um dia catastrófico para as pessoas que fogem da guerra e da violência. Com sua reforma, a União Europeia se concentra nos campos de detenção, nas cercas e nas deportações para países terceiros inseguros. Este é um compromisso às custas dos direitos humanos”, disse Felix Braunsdorf, especialista em refugiados e migração dos Médicos Sem Fronteiras. (Politico)

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