Após reforma tributária, S&P eleva nota de crédito soberano do Brasil para ‘BB’

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A agência de classificação de risco S&P Global Ratings anunciou nesta terça-feira a elevação da nota de crédito soberano do Brasil de “BB-” para “BB” com perspectiva estável. O país segue dentro do grau especulativo, mas a dois degraus do chamado grau de investimento, atribuído a papéis, empresas ou países com baixo risco de calote. Na decisão, a agência cita a aprovação da reforma tributária. Para a S&P, a medida aprovada na sexta-feira passada “se soma a um histórico reformista desde 2016, que inclui reformas para melhorar as condições de trabalho; suavizar a carga previdenciária; fortalecer a gestão de entidades relacionadas ao governo; conceder autonomia oficial ao Banco Central do Brasil; criar um custo de financiamento determinado pelo mercado para o BNDES; e duas regras fiscais”. A agência espera uma correção fiscal gradual, antecipando que os déficits fiscais vão permanecer grandes. “Esperamos que as instituições brasileiras continuem a abordar lentamente as ineficiências econômicas que retardam o crescimento do país, assim como a rígida estrutura orçamentária, que contribui para grandes déficits fiscais e uma elevada carga de dívida”, diz. Por um lado, afirma que pode rebaixar a nota brasileira se houver uma deterioração fiscal adicional e um aumento da dívida pública acima do esperado. Por outro, destaca que a nota soberana pode ser elevada se o conjunto de reformas estruturais e microeconômicas adotadas nos últimos anos melhorar a trajetória de crescimento de longo prazo. (Valor)

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Em junho, a S&P já havia melhorado a perspectiva de longo prazo de “estável” para “positiva”, mas manteve a nota de crédito soberano de longo e curto prazo, mencionando que a elevação poderia ocorrer se o governo adotasse medidas econômicas pragmáticas que conseguissem conter “vulnerabilidades nas finanças públicas do país”. Em julho, a Fitch elevou a nota de crédito soberano do Brasil de “BB-” para “BB”, mantendo a perspectiva do rating estável. Na Moody’s, o Brasil permanece com a nota “Ba2”, equivalente a “BB”. Nas duas agências, a perspectiva de longo prazo é “estável”. Acima de “BB”, há as notas “BB+” e “BBB-“, que já é considerada grau de investimento. (Folha)

O Tesouro Nacional, que é uma secretaria subordinada ao Ministério da Fazenda, comemorou a decisão. Em nota, afirmou que a melhora reflete “os esforços empreendidos” pelo governo para “promover as reformas” e a “consolidação fiscal”. “A elevação do rating pela S&P evidencia que estamos no caminho certo, com medidas corretas que estão colocando o país na rota do desenvolvimento econômico e social sustentável”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. (Globo)

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