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O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, nomeou o jurista Rodolfo Barra como procurador-geral da Fazenda nesta sexta-feira. A escolha é polêmica porque o ex-juiz integrou um grupo neonazista na juventude e chegou a atacar uma sinagoga. A partir do dia 10, Barra, de 75 anos, ocupará a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que presta assessoria jurídica e defende o Estado. Espera-se que ele proteja legalmente o pacote de reformas econômicas que Milei planeia implementar. Barra foi juiz do Supremo Tribunal e ministro da Justiça durante o governo de Carlos Menem (1989-1999) e a assessorou o plano de privatização de empresas da década de 1990. Ele renunciou ao cargo de ministro em 1996, quando a imprensa revelou que, na juventude, ele atuou no Movimento Nacionalista Tacuara, um grupo neonazista. À época, ele declarou: “Se fui nazista, me arrependo”. Sua escolha foi considerada “uma afronta direta ao espírito democrático e plural” pelo Fórum Argentino Contra o Antissemitismo (Faca), assim como por ativistas políticos de esquerda. (g1)