Milei escolhe Luis Caputo como ministro da Economia; embaixador no Brasil segue no cargo

Receba as notícias mais importantes no seu e-mail

Assine agora. É grátis.

Apesar de ter dito que só anunciaria o restante de seu gabinete após a posse como presidente da Argentina, em 10 de dezembro, Javier Milei confirmou nesta quarta-feira que Luis Caputo será seu ministro da Economia. A confirmação foi feita em entrevista a uma rádio argentina, assim que Milei chegou de sua primeira viagem como presidente eleito, aos Estados Unidos. Caputo, que o acompanhou na viagem, segue nos EUA para reuniões com o Fundo Monetário Internacional. “Quando se olha a natureza dos problemas argentinos, quando se percebe que dos 15 pontos do déficit fiscal da Argentina, 10 são gerados pelo Banco Central, fica claro que o primeiro problema que temos que resolver é o das Leliqs [títulos de curto prazo do governo]. É fundamental resolver esse problema com muita expertise, porque se errarmos aí, acabamos na hiperinflação”, afirmou ao justificar a escolha de Caputo, que é próximo do ex-presidente Mauricio Macri e foi ministro das Finanças e presidente do BC em seu governo. A decisão de chamar Caputo para comandar o mais importante ministério de um país em série crise econômica foi interpretada com uma mensagem de que a ideia da dolarização, marca da campanha eleitoral de Milei, está engavetada. Caputo é contrário à dolarização. (La Nación e Valor Investe)

PUBLICIDADE

O libertário também indicou que peronista Daniel Scioli seguirá à frente da embaixada da Argentina no Brasil. O anúncio é mais um aceno ao governo brasileiro, após sua futura chanceler, Diana Mondino, ter se encontrando com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em Brasília, no domingo, e reforçado o convite ao presidente Lula para a posse. Scioli foi um dos principais articuladores do encontro e é visto como uma peça fundamental para evitar uma crise no vínculo entre os dois países devido aos ataques de Milei a Lula durante a campanha eleitoral. A decisão, no entanto, foi criticada pelo atual presidente argentino, Alberto Fernández, que disse não entender como uma mesma pessoa pode representar seu governo e o de Milei. (Globo e La Nación)

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.