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O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit de R$ 18,3 bilhões em outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Fazenda. O resultado superou a expectativa do mercado, de R$ 17 bilhões, mas é o pior para o mês desde 2020, quando os gastos com a pandemia de Covid-19 provocaram déficit de R$ 4,2 bilhões, em cifras atualizadas. Nos dez primeiros meses do ano, as contas públicas estão no vermelho em R$ 75 bilhões — a Previdência Social acumula déficit de R$ 270,2 bilhões, enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central têm superávit de R$ 195,6 bilhões. Em 12 meses até outubro, o resultado acumulado é de déficit de R$ 85,3 bilhões, equivalente a 0,83% do PIB. No último relatório bimestral de receitas e despesas, o governo indicou que espera fechar o ano com um déficit de R$ 177,4 bilhões, menor do que a meta de déficit de R$ 228,1 bilhões prevista pela Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023. Em outubro, a receita líquida do governo central cresceu 0,6% acima da inflação em relação ao mesmo período de 2022, mas as despesas tiveram expansão de 10,1% em termos reais na mesma comparação. (Globo e Folha)